quinta-feira, março 30, 2006

E se...

E se, de repente, o sonho comandasse a vida
E a morte fosse esquecida
E se, sem dar conta, a mentira deixasse de existir
E se todos tivéssemos que rir.
E se, por acaso, todos os dias fosse Natal
E as zangas fossem interrompidas
E se cada um, mesmo diferente, fosse igual
E as diferenças fossem despidas.
E se, a vontade comandasse
E não houvesse mais guerra nem dor
E quem quisesse que lutasse
Com armas de ternura numa guerra de amor.
E se todos se unissem
Em torno de um mesmo ideal
Sem que necessaramente sentissem
A desconfiança ou o mal.
E se, de repente, sem ninguém contar,
Cristo descesse à Terra
E de braços abertos, nos dissesse emocionado (a chorar)
Estão perdoados, quem é humano erra.
E se, uma vez por dia
Todos se lembrassem do que são
Não por maldição mas por magia
Que tivessem a noção
De que desaparecerão um dia.
E se enchessem de coragem
Para fazer com que este mundo existisse
Para tornar real esta imagem
E para que Cristo cá ficasse e sorrise.

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