sexta-feira, março 31, 2006

Natal de Trapos

Estou na rua,
Tenho frio
O meu bolo-rei
Há muito que se partiu...
Sem pressas, para durar mais.
E meus pais?
Meu pai prometeu prendas
Que não podia trazer,
Minha mãe chorou lágrimas
Que eu não podia ver.
E sonhando com um comboio(de corda) movido a vapor
Recebi um casaco grosso
Bordado em ponto de luz
E embrulhado em amor.
E o frio que tive desapareceu
A malha do casaco me aqueceu
E que sorriso dei a quem mo deu!
O comboio que pare noutra estação,
A estação de quem ama
Só quando lho dão.
Não posso dar prendas, mas também não queri
aNão peço mais nada, nem preciso
Porque entre o que tenho e o que pedia
Vai o mundo num sorriso.

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